A História de Angola encontra-se documentada do ponto de vista arqueológico desde o Paleolítico. Vestígios de presença humana foram encontrados em algumas regiões, principalmente em Luanda, Congo e Namibe, demonstrando que o território angolano é habitado desde a pré-história.
Na Lunda, no Zaire e no Cuangar foram encontrados instrumentos de pedra e outros, dos homens do Paleolítico. No Deserto do Namibe forem encontradas gravuras rupestres nas rochas. Trata-se das gravuras do Tchitundu-Hulo atribuídas aos antepassados dos Khoisan.
Migrações de povos vindos do Norte, os Bantus, impuseram-se aos habitantes então dominantes. Dispersando-se na vastidão de Angola, os Bantus foram-se constituindo em grupos, que deram origem ás actuais etnias. No século XIII a estruturação social e política de alguns destes grupos origina o reino do Congo e outros reinos, que deram ao território uma organização política e social equilibrada.
Esta é a situação que em 1482, Diogo Cão, navegador português, encontrou quando à frente de uma frota chegou à foz do rio Zaire. Estabelecem-se a partir de então, relações cordiais entre portugueses e os soberanos do reino do Congo, com intensas trocas comerciais, relação quebrada quando Paulo Dias Novais inicia a ocupação e administração directa da orla costeira através do estabelecimento de várias capitanias. Paralelamente, iniciou-se o comércio de escravos face às necessidades de mão-de-obra no Brasil que se manteve até ao século XIX, quando Sá da Bandeira conseguiu aprovar em Portugal legislação a abolir a escravatura.
A partilha de África pelos Europeus convencionada na conferência de Berlim em 1884-1885, obrigou os portugueses a uma prolongada luta pela ocupação e administração de todo o território, que só foi concretizado no final da 1ª Guerra Mundial.
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